Aqui
esta a vida do homem, os seus oito instintos que formam a lei da mente. (1º) O INSTINTO DE COMUNHÃO; O
homem foi criado à semelhança de Deus. Esta semelhança é espiritual, mas também
é moral. Esta
semelhança é uma comunhão
amorável e pessoal com o ser humano por toda a Eternidade. Deus projetou o ser
humano como um ser tricótomo (espírito, alma e corpo). Que possui mente, emoção
e vontade, para que possa comunicar-se espontaneamente com Ele como Senhor. Adorá-lo
e serví-lo com fé, lealdade e gratidão. O homem perdeu a comunhão com Deus após
a entrada do pecado, mas esta comunhão foi estabelecida ao homem em Cristo
Jesus. Ou seja, quem aceita a Jesus se reconcilia com Deus. (2º) O INSTINTO DE PRODUÇÃO; “E
Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai...”; (Gn 1.28a). Produção;
Ato ou atitude de produzir, criar, gerar, elaborar, realizar, frutificar. Dar
frutos, produzir resultado
vantajoso, dar utilidade, benefício apartir do fruto original. Deus plantou um
Jardim e nele colocou o homem e deu lhe o instinto de “frutificar”. O homem foi
formado para dar o “fruto” do Espírito, não para dar frutos para o mundo. Mas
após a entrada do pecado o homem passou a dar “frutos” que alimentam somente a
carne. O segredo da frutificação é Jesus! “Eu sou a videira, vós, as varas; Quem está em mim, e eu, nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer”; (Jo 15.5). (3º) O INSTINTO DE REPRODUÇÃO; “...,
e multiplicai-vos, e enchei a terra”; (Gn 1.28b). Ao
homem foi dado a responsabilidade de povoar a terra, ou seja, reproduzir
geneticamente e genericamente homens.
Dentro das leis de reprodução criadas por Deus, Ele estabeleceu um princípio imutável: “Toda semente reproduz de acordo com a sua espécie”. Ora, o homem foi formado à imagem e semelhança de Deus, logo, reproduz-se-iam em homens e mulheres que lhe seriam semelhantes. Como a marca principal de Deus é a santidade, o homem geraria filhos igualmente santos. Conclusão: Deus coloca na essência do homem o instinto de frutificação biológica, mas também moral e espiritual. O homem teria descendentes e estes teriam em si o caráter santo de Deus. O pecado não interrompeu a habilidade da reprodução biológica, nem mesmo a da reprodução espiritual. Mas o caráter deixou de ser santo! Como o homem foi corrompido em sua natureza pelo pecado, e cada semente produz de acordo com a sua espécie. A
sua descendência traz a marca de um caráter igualmente deplorável, rebelde e
distanciado de Deus. “E Adão viveu
cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a
sua imagem, e chamou o seu nome Sete”; (Gn 5.3a). Nós
nascemos do fruto de uma semente pecaminosa. Ainda assim ninguém viria ao mundo
sem a intervenção divina, você é parte do projeto de Deus. Não importa em que
condição você tenha vindo ao mundo, em Cristo você nasce de novo. No novo
nascimento você começa uma nova vida em Jesus Cristo. Passa por um nascimento
não biológico, mas espiritual. “Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus”; (Jo 1.13). (4º) O INSTINTO DE DEPENDÊNCIA; “..., e sujeitai-a ...”; (Gn 1.28c). Deus
entregou ao homem o governo da terra. Ele diz que devemos sujeitar a terra, isto
significa ser e ter a autoridade sobre a terra. Este princípio divino tem um prazo
de validade que vem durando desde a criação do homem, até as bodas do Cordeiro
e o Milênio. Este plano divino não será revogado até esta data. Temos que
entender isto claramente, Deus deu ao homem o governo da terra. Nós somos
responsáveis por ela e Deus não irá mudar seu plano se o homem governar mal,
pois nós somos os governantes diretos. A palavra terra tem dois significados na
Bíblia, significa tanto o planeta terra como também o próprio homem. Além de
governar o planeta, devemos governar também o nosso próprio corpo. As atitudes que o nosso corpo recebe, também
estão sob o nosso governo. Não podemos esperar que Deus mova nossos braços e
pernas para fazer o que ele desejar. Deus não fará isto, o governo de Deus
sobre o homem é indireto, Ele apenas ensina o que devemos fazer, mas não nos
força a realizar nada. Por isso Ele colocou em nós o livre arbítrio.
(5º) O INSTINTO DE DOMÍNIO; “... e
dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o
animal que se move sobre a terra”; (Gn 1.28d). O
homem distingue-se das demais criaturas de Deus, porque foi criado de uma
maneira singular. Apenas do homem é dito que ele foi criado à imagem de Deus.
Esta expressão descreve o homem na totalidade de sua existência, ele é um ser
que reflete e espelha em Deus. O homem foi colocado como “senhor” da terra,
para governá-la e cuidá-la. O domínio do homem sobre todas as coisas criadas é
parte essencial de sua natureza. Nesse sentido, o homem imita o Seu criador,
pois Deus é o Senhor soberano e absoluto exercendo domínio sobre todo o
universo. Em
Jesus Cristo o homem tem domínio sobre tudo, inclusive sobre o pecado. Ou seja,
o homem não pode ser
dominado por situações, vícios e necessidades. (6º) O INSTINTO DE AQUISIÇÃO; “E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda a árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento”; (Gn 1.29). Já
sabemos que Deus dotou o homem de instintos, assim também como o fez para com
os animais. Estes instintos servem para que o homem possa conviver aqui na
terra. Também Deus deu ao homem faculdades espirituais para capacitá-lo a uma
existência espiritual. Estes instintos que o homem possui desde o nascimento,
são necessários para preservar a sua vida natural. Ao homem foi dado o instinto
de adquirir. O roubo, a cobiça e o egoísmo são perversões do instinto de
aquisição. (7º) O INSTINTO DE ALIMENTAÇÃO; É o instinto que leva o homem a satisfazer a sua fome natural e física. A alimentação do corpo biológico: “E a todo o animal da terra, e a toda ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento. E assim foi”; (Gn 1.30). (8º) O INSTINTO DE PRESERVAÇÃO; “Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”; (Gn 2.17). É o instinto que nos
avisa dos perigos e nos capacita a cuidar de nós mesmos. Implica na proibição e
no aviso. Aos animais, Deus
deu somente o instinto. Mas ao homem foi elevado a dignidade de possuir o livre
arbítrio e a razão, com as quais pode diciplinar-se e tornar-se dono de seu
próprio destino. Somente o homem pode ter uma decisão ou resolução que só depende da sua
vontade própria.
Outros estudos que completam este tema:
Graça & Paz.
Rev. Dr. Carlos Andrade, Th.D.