“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”; (1 Pe 1.18,19).
O sangue animal oferecido no Antigo Testamento não tinha poder para redimir de uma vez por todas o poder sobre o pecado. “Ora, também o primeiro tinha ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre. Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o Santuário. Mas, depois do segundo véu, estava o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos, que tinha o incensário de ouro, e a arca do concerto, coberta de ouro toda em redor, em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto; e sobre a arca, os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente. Ora, estando estas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços; mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo”; (Hb 9.1-7). O Sangue de Jesus teve poder para redimir, santificar e purificar o homem do pecado.
“Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador”; (Hb 9.11-16). Jesus Cristo como o nosso Sumo Sacerdote apresentou sacrifício no Céu, e não na terra. Foi no Céu, que Ele apresentou o Seu Sangue. “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós, perante a face de Deus”; (Hb 9.24). “Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois, disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação”; (Hb 9.26-28). “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus”; (Hb 10.19). A ordenança sacerdotal, o Lugar Santíssimo a onde o sumo sacerdote entrava com o sangue, para fazer expiação era uma figura “tipo” do trono de Deus no Céu. “E Arão fará chegar o novilho da oferta pela expiação, que será para ele, e fará expiação por si e pela sua casa; e degolará o novilho da oferta pela expiação, que é para ele. Tomará também o incensário cheio de brasas de fogo do altar, de diante do Senhor, e os seus punhos cheios de incenso aromático moído e o meterá dentro do véu. E porá o incenso sobre o fogo, perante o Senhor, e a nuvem do incenso cobrirá o propiciatório, que está sobre o Testemunho, para que não morra. E tomará do sangue do novilho e, com o seu dedo espargirá sobre a face do propiciatório, para a banda do oriente; e perante o propiciatório espargirá sete vezes do sangue com o seu dedo”; (Lv 16.11-14).
Na Sua ascensão aos céus, Cristo entrou lá, na presença do Pai, e com o Seu próprio Sangue, fez a expiação por nós, perante o Trono de Deus. “Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si. Pelo que lhe darei a parte de muitos, e, com os poderosos, repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu”; (Is 53.10-12). Jesus Cristo depositou a Sua vestimenta salpicada de Sangue no Céu. “Quem é este, que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas? Este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar. Por que está vermelha a tua vestidura, e as tuas roupas como as daquele que pisa uvas no lagar? Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém se achava comigo; e os pisei na minha ira, e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura. Porque o dia da vingança estava no meu coração, e o ano dos meus redimidos é chegado”; (Is 63.1-4). Ele depositou a vestimenta salpicada de sangue. “Depois, Arão virá à tenda da congregação, e despirá as vestes de linho, que havia vestido quando entrara no santuário, e ali as deixará”; (Lv 16.23). Por que Ele terá que colocá-la novamente em uma ocasião especial. “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia, senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus”; (Ap 19.11-13).
Outros estudos que completam este tema:
Graça & Paz.
Rev. Dr. Carlos Andrade, Th.D.